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Voe Azul: Minha Experiência de relacionamento - Parte I : IDA

Vou falar de marketing de relacionamento relatando minha primeira experiência em voar pela companhia aérea AZUL.

Antes de me decidir pela companhia, eu fiz uma pesquisa e encontrei uns poucos relatos sobre experiência de outros passageiros, embora tenha encontrado poucas informações, estas eram de maneira geral muito positiva em relação à empresa.

É certo que não pensei em fazer nenhum tipo de exposição sobre isso até que me deparasse com eventos curiosos em relação a esta companhia e divergentes de alguns relatos.
Em primeiro lugar, marketing de relacionamento é um dos mais difíceis, pois não estamos falando da entrega de um produto puro e simples e sim de pessoas envolvidas em todo o processo, o que torna o serviço muito inconstante, pois depende essencialmente de quem o presta e de quem recebe e do “humor” dos envolvidos.

Então vamos ao que interessa. Primeiro: sorriso não é tudo, e eu já fiz um post falando que não adianta sorrir e não atender as necessidades do consumidor. Mas o cliente quer sorriso sim, quer presteza sim, quer eficiência e tudo mais que  puder ser agregar.

A Azul não possui um “time” de gente sorridente como mostram as imagens das propagandas e nem as fotos de revista. Para não ser injusta eu quero excluir a Trip, da qual fiz meu primeiro trecho de viagem e tive as melhores das impressões.

Bom, para usarmos uma ordem cronológica dos fatos, vamos a compra no site das passagens aéreas. Por aqui já começam minha críticas, eu pesquisei sobre a Azul, tomei minha decisão e fui ao site comprar passagem que infelizmente (para mim) teria que fazer uma conexão. Ao finalizar minha compra, recebo um e-mail dizendo que o primeiro trecho seria realizado pela TRIP e que eu devia me dirigir ao balcão da mesma. Como assim?? Trip? Eu escolhi a AZUL, em nenhum momento esta informação ficou clara para mim antes de comprar as passagens. Acredito firmemente, que esta informação não possa estar presente somente no contrato (se é que estava, pois eu não o li) e sim bem destacada antes de finalizarmos a compra: AO COMPRAR ESTA PASSAGEM VOCÊ REALIZARÁ O PRIMEIRO TRECHO DA VIAGEM PELA TRIP: OK? ACEITA? CIENTE? Enfim, algo do gênero, somos consumidores, o lado mais frágil, lembra?

Tudo bem, embora muito decepcionada, mas precisando exatamente daquele serviço que a empresa prestaria em termos de data e horários eu decidi continuar com a decisão. Poderia ter cancelado e desistido? Sim. Porém, decidi levar adiante.

No embarque, outra desagradável surpresa, a TRIP não fica juntamente com as outras companhias aéreas no aeroporto e sim num terminal que está em construção super longe do terminal “convencional”. Como eu descobri? Andando pelo aeroporto inteiro feito uma “barata tonta”, olhando para cima,  e nada, parei em frente a um balcão de outra companhia que gentilmente informou onde eu deveria ficar a espera de uma van que nos buscaria. Esta informação deveria ser informada no mesmo e-mail que recebi avisando para eu me dirigir ao balcão da TRIP, isto é respeito e responsabilidade com seu cliente. CADÊ O DEPARTAMENTO DE MARKETING HEIM??

Super atrasada, correndo, descendo da van, enfrentando uma fila enorme e avisando ao funcionário sobre o ocorrido e sobre meu atraso ele pede que eu vá ao terminal de auto atendimento fazer o check – in, saio da fila, vou ao terminal super feliz, pois como não ia despachar mala, simplesmente iria para sala de embarque a seguir, o que acontece no terminal? Meu CPF não consta. Como assim não consta? Eu comprei a passagem a mais de três semanas e não consta? Enfim, volto para fila enorme, e por sorte eles chamam os “atrasadinhos”.

Eu tenho medo de viajar de avião, isso não é segredo, agora medo de viajar pela TRIP, o dobro. Estou acostumada e bem mais confiante em um boing, mas vamos lá enfrentar o medo.

Pessoas sorridentes, comissários sorridentes e disponíveis, comandante atencioso para avisar do atraso de 30 minutos na espera do livro de bordo.

Decolamos e surpresa, nenhum “tremilique” de Brasília a Cuiabá, o pouso foi perfeito e o serviço de bordo quase excelente, não fora por uma comissária que me ofereceu os biscoitinhos (snaks) tudo junto numa mão, eu tive dificuldade de pegar e perguntei: “é tudo?” Ela então me entregou tudo que estava na mão sem olhar para minha cara. Legal! Depois vi que o pessoal escolhia e eu simplesmente parecia uma glutona com todos aqueles biscoitos em minha mesa. Só um detalhe: Eu só “lanchava” em vôo quando ofereciam sanduíche, coisa que a Tam deixou de fazer também (pelo menos nas últimas viagens que fiz não tinha o tão gostosinho sanduíche quente).

Mas, esse tipo de comportamento não abalou as melhores da impressão que tive sobre o vôo, pois nunca em minha vida, eu disse NUNCA, eu tinha viajado tão tranquilamente, sem pegar uma turbulência. Isso foi incrível para mim. E o atraso? O comandante tirou durante o vôo e chegamos quase que na hora prevista.

A Conexão foi excelente, em termos de cumprimento de horário. Mas, cadê o sorriso do “time” da AZUL? Um bom dia olhando em nossos olhos é excelente, e isso eles fizeram, mas faltou o famoso sorriso. Sentiram né? Estou cobrando o sorriso. Bem, já viajei pela Tam e Pela Gol e uns olham para você e lhes cumprimentam, outros não olham e não falam com você. A Gentileza, o tratamento de rei que antigamente os passageiros recebiam, ficou no muito “antigamente”, pois eu nunca recebi esta tal atenção, nem mesmo quando estava gestante, de seis, sete, oito meses... viajei em todas essas fases e poucas vezes alguma alma de comissário bondosa me ofereciam alguma atenção especial. Mas tudo bem, não estava doente né?

Agora a "AZUL, é azul", não é o que comenta? Uma empresa que tem um atendimento diferenciado??? Não, não vi isso, e todo este post sobre relacionamento com o cliente foi motivado pela falta de diferenciação tão esperada pelo “cliente”.

O que é SATISFAÇÃO? Embora seja algo muito subjetivo, uma coisa é certo, se você acha que pagou um preço justo e suas expectativas foram atendidas, você está satisfeito, caso contrário, não... você fica decepcionado e foi assim que eu fiquei. Esperava, pessoas solícitas, sorridentes, olho no olho procurando ajudar. Sabe o garçom, que não fica ao seu lado em sua mesa, mas na hora que você olha para ele, ele está te olhando e rapidamente vem lhe atender?? É assim que eu esperava o atendimento da AZUL.

Bom, o serviço de bordo da Azul muito bom, desta vez a comissária perguntou o que eu queria para “comer” e claro, deixou a desejar, pois novamente, não precisa me entregar tudo, mas seria bom dizer: Olá “senhora, nós temos: “ tal, tal, isso, aquilo, e blá blá, tem alguma preferência?” Estou ensinando as moças a trabalharem? Não! Estou dizendo como seria uma atendimento no qual satisfaria a mim e o mundo inteiro. Atenção, BOA VONTADE EM PRESTAR O SERVIÇO. Faltou isso, eu disse: Tem Cookie? E ela me entregou. (Mas e se eu não soubesse o que tinha, eu teria que perguntar? óbvio.)

Bom, desta vez a turbulência foi demais. Eu estava lendo e parecia que estava numa carroça, o papel balançava, e eu achei bem estranho, mas na verdade era turbulência aceitável e mais que normal, eu odiei! Durou mais de 30 minutos e depois seguimos sossegado. Pousamos de forma tranquila e  adivinha? O comandante só falou conosco no meio do vôo e pediu desculpas pelo fato. Ahhahaha, eu tenho que sorrir. A maior segurança que um passageiro pode ter minha gente (escutem aí pilotos e co-pilotos) é que o comandante esta ali firme forte, zelando por nós e fazendo um possível e o impossível para decolarmos e pousarmos com segurança, para isso é preciso as boas vindas, o desejo de que o voo seja fantástico. Bom, não houve isso e achei também, falta de consideração!

O time da azul, se despediu com belo bom dia e obrigado, mas nada de sorriso! Que lastimável!


Isso foi a ida, a volta, foi quase a mesma coisa, em termos de serviço de bordo, sorrisos e tal, mas a TRIp continua de parabéns em termos de gentilezas e “prestatividade.” 

ahhh e o medo de viajar pela TRIP? Passou... agora o medo ficou igual para todas as companhias.

No próximo Post, a coisa esquenta... não perca a aventura de volta!